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sábado, 6 de novembro de 2010

A vida e a saga de um dos homens mais influentes da história política de Triunfo Potiguar



 Homenagem de aniversário de um ano de falecimento

Em 1932 vindo da cidade de Florânia, no Seridó do nosso Estado, a família Medeiros composta do patriarca Francisco Augusto de Medeiros e Senhorinha Aniceta de Araújo, e com três filhos e estando grávida do quarto. Agricultor e comerciante de algodão e leite comprou uma vastidão de terras ao norte do município que pertencia à cidade de Augusto Severo, hoje Campo Grande, na vila de Tapera, que deu origem ao município de Triunfo Potiguar. Com terra e uma pequena usina de beneficiamento do algodão tanto o comprado, como o colhido nas suas próprias terras, se consolidou como um grande comerciante da região. Nasceu-lhes mais seis filhos em sua propriedade chamada Santa Barbara, sendo Lidione Medeiros o último filho do casal, nascido em 1942. Com terras e recursos, os Medeiros começaram a ganhar notoriedade no município, com abertura de empregos em suas propriedades e ajuda aos vários sertanejos que sofriam com as constantes secas, a Matriarca da família Senhorinha Medeiros, com grande devoção religiosa e seu desejo de fazer com seu povo se aproximasse de Deus, com recursos próprios começou a construção da Igreja matriz na década de 1960, sendo concluída pelo notório comerciante Sebastião Felinto em 1963, os Medeiros passaram a possuir essa vocação politico e de gente que gosta de ajudar o próximo. Ao descobrir essa vocação politica o pioneiro foi Lufran Medeiros, que na década de 1960, foi candidato pelo MDB a vereador de Augusto Severo, por dois mandatos, seguido por sua Irmã Leonor Medeiros, com o período da ditadura militar essa vocação politica foi interrompida pelo regime, mas não ações politicas e sociais que eles faziam na vila agora chamada Triunfo continuaram a fazer suas atividades anteriores, promovendo a riqueza para o município com seu comércio nas feiras e em suas terras. Passado o período militar e após a morte do patriarca Francisco Augusto de Medeiros em 1983, a família se dividiu e a gestão politica ficou ao encargo de Lidione Medeiros, casado com Antônia Barreto Soares de Medeiros, filha de um comerciante de feiras da vila Triunfo, o casal teve sete filhos. Lidione Medeiros em 1989 se coliga ao PDT e é chamado para compor a chapa de Manoel Brito, sendo eleito para o cargo de vice-prefeito da Cidade de Campo grande. Com grande sensibilidade social, Lidione fez o que os outros políticos da cidade não conseguiram fazer, trouxe o poder público municipal para a vila Triunfo, anteriormente à senhora Neném Estevam, tinha sido eleita por dois mandatos a vice-prefeita de Campo Grande, mas contudo seguiu a politica dos currais eleitorais e do café com leite dos políticos do município, nada fazendo para mudar a realidade social e politica da cidade que estava entregue as moscas. Lidione entra na politica para mudar essa realidade e mostrar ao povo que eles tinham um representante genuíno na prefeitura, trazer á vice-prefeitura para Triunfo foi algo inovador, começaram a limpar a cidade e a resolveram problemas relacionado ao servidor público municipal e a organização politica da vila Triunfo, olhando por essa ótica Lidione Medeiros foi um politico exemplar que somente queria ver seu povo melhorar de vida, é pena que esse entusiasmo e otimismo de Lidione e do povo de Triunfo durou pouco, problemas de ordem administrativa e de ideologia fizeram com que Lidione logo se visse sozinho para administrar essa recém-estrutura formada por ele, Manoel Brito, prefeito de Campo Grande como fizera os demais prefeito anteriores abandonaram a vila Triunfo, sendo impossível ao vice-prefeito Lidione Medeiros de segurar os encargos relacionados à administração, mas mesmo assim como ato de bravura rompe com Manoel Brito e tenta avança sem êxito em seu projeto de um Triunfo melhor para seu povo. O povo viu que o caos politico provocado por Manoel Brito, não tinha aval de Lidione Medeiros e seu poder politico se consolidou com a emancipação da vila Triunfo, quebrando de vez essa dependência de Campo Grande e dando origem ao município de Triunfo Potiguar em 1992, com o projeto de lei apresentado pelo Deputado Estadual da oposição Nelter Queiroz. Vale salientar que esse projeto de emancipação de Triunfo, ganhou força pelo clamor popular e pelas ações do projeto de Lidione Medeiros em fazer com que Triunfo tivesse voz e ação na esfera politica e social do município de Campo Grande, e isso ficou tão marcado na memoria do povo, que embora alguns achassem que Lidione fosse um tanto duro para com seus adversários, encobriu esse seu lado, ele ajudou ao seu povo, e na primeira eleição do recém-município de Triunfo Potiguar lançou seu irmão Lufran Medeiros e seu sobrinho Neto Balbino, contra a oposição dos seus sobrinhos e filho do candidato Lufran Medeiros, Manoel Messias de Medeiros e José Augusto de Medeiros, uma eleição, que dividiu a família Medeiros em dois blocos, vencendo o bloco apoiado por Lidione Medeiros, fazendo de Lufran Medeiros o Primeiro prefeito eleito de Triunfo Potiguar. Contudo a péssima administração de Lufran Medeiros decretou a decadência politica da família Medeiros, que atingiu muito a imagem de Lidione Medeiros, que nas inúmeras tentativas de voltar ao cenário politico da cidade, através do seu filho primogênito Carlos Augusto de Medeiros em três tentativas não obteve êxito. Morrem em 2009 de complicações cardíacas, mas deixa entre nós triunfenses um legado de luta e amor ao seu povo, um politico a moda antiga que inovou e encantou ao seu povo com provas de bravura e ação social, Lidione não morreu para aqueles que o admira e também para aqueles que não lhes tinha simpatia, pois um homem público está sujeito às decisões que tomam em sua trajetória de vida, e ele provou isso enquanto viveu e nunca deixou de acreditar num Triunfo de todos e para todos, mais justo e democrático.
ELSON CASSIANO

Um comentário:

carlilson disse...

parabéns pelo artigo! com certeza todos que fazemos parte dessa familia e em especial, os descendentes de LIDIONE MEDEIROS agradecemos pela homenagem prestada!