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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A credibilidade histórica dos quatro evangelhos!



No fim do século I já se encontram notícias que confirmam que os quatro evangelhos vieram a ser utilizados para leituras nos cultos de diversas comunidades daquela época. Em vista disso, a fixação escrita do material dos evangelhos deve ter iniciado muito cedo, bem antes do final do século I Para qualquer pessoa que saiba refletir e julgar em termos histórico-literários é um fato inegável que esses quatro evangelhos contêm relatos verídicos sobre a vida terrena do Senhor. A credibilidade de historiadores seculares depende em primeiro lugar da comprovação de que eles próprios tiveram condições, em termos intelectuais e morais, de fornecer um relato fidedigno dos acontecimentos a serem descritos. Pode-se exigir no mínimo que os historiadores sejam capazes e tenham o propósito de escrever a verdade. Se o que dissemos acima vale para a credibilidade da historiografia secular, quanto mais valerá para a informação dada pelos autores dos quatro evangelhos. Também eles não podiam nem queriam outra coisa que escrever a verdade. Esse fato é corroborado pelas seguintes circunstâncias: Os autores dos quatro evangelhos não apenas tinham plenas condições intelectuais e morais de relatar de forma verdadeira, mas como testemunhas oculares e auditivas estiveram durante três anos na dura escola daquele que vivenciava o que dizia de si: “Eu sou a verdade”. Nessa escola única eles aprenderam, melhor que ninguém antes e depois, o que é a verdade, a saber, a verdade no sentido mais absoluto! Em Lucas 1.1-4 o evangelista aponta com muita clareza para a meticulosidade de suas investigações prévias. Dos seus informantes ele exigia que fossem de fato testemunhas oculares, pois era a história mais sagrada que ele descrevia a história em que tratava do bem-estar espiritual e eterno ou da perdição de toda a humanidade. Aqui a comprovação da verdade tinha importância soteriológica (de salvação). Para Lucas a verdade estava acima de tudo! Das testemunhas oculares de Cristo que eram servos da Palavra, Lucas não podia nem queria obter nada além da verdade. O primeiro e o quarto evangelho originam-se diretamente de uma testemunha ocular e auditiva, o segundo e o terceiro de acompanhantes dos apóstolos. Portanto, todos os quatro evangelhos apoiam-se na fonte mais segura de toda historiografia, a saber, no verdadeiro testemunho presencial imediato! De acordo com a tradição da igreja haviam transcorrido menos de 30 anos até a anotação escrita dos evangelhos (o decurso de 30 anos entre o acontecimento e o relato escrito também é reconhecido pela pesquisa crítica). Neste tempo da redação ainda viviam os apóstolos e irmãos de Jesus. Com grande senso de responsabilidade e com amor exemplar pela verdade, eles devem ter vigiado severamente para que se conservasse puro o material transmitido. Não é admissível falar de que eles usaram mitos, lendas e sagas. Lendas e sagas formam-se somente depois que se rompeu a ligação com os acontecimentos. Muito menos que de lendas pode-se falar de mitos. Que são os mitos? Eles são idéias transformadas em história. Os apóstolos, os parentes de Jesus e as testemunhas presenciais certamente impediriam na raiz o surgimento de qualquer lenda ou mito nos quatro evangelhos! Pelos mesmos motivos também se deve rejeitar a opinião crítica moderna de que, no relato dos discípulos, teriam se imiscuído a teologia missionária judaica, a mitologia oriental, ou a fé formadora de lendas da comunidade cristã. Finalmente, acrescente-se em favor da credibilidade dos quatro evangelhos o testemunho dos pais da igreja e autores cristãos da virada do século I, os quais liam e veneravam como sagrados os quatro evangelhos. Dos séculos I e II possuímos os escritos patrísticos, dos chamados pais apostólicos. Entre eles estão o Ensino dos doze Apóstolos, a carta de Clemente aos coríntios, as sete cartas de Inácio de Antioquia, a carta de Policarpo de Esmirna, aluno do apóstolo João, e outros documentos mais. Em todos estes escritos já são citados os quatro evangelhos. Portanto, já naquela época, no fim do século I e início do século II, os evangelhos não só estavam redigidos, mas também amplamente difundidos no cristianismo de então, entre a Ásia Menor e Roma! Da mesma forma estava definido quem foram os autores dos evangelhos. Curiosamente os manuscritos mais antigos traziam como título a indicação: segundo Mateus, segundo Marcos, segundo Lucas, segundo João. O que quer dizer esta recorrente palavrinha “segundo”? Acaso significa que, como muitos teólogos supõem, Mateus, Marcos etc. não seriam os autores? De modo algum! Certamente é compreensível que os próprios autores não podem ter dado este título: segundo Mateus, segundo Marcos, etc. às suas obras. Não é assim que um autor se expressa! Entretanto, podemos supor que os autores dos quatro evangelhos editaram seus escritos sem o nome do autor. Talvez tenha sido por modéstia que o fizeram. Talvez estivessem sob uma impressão tão forte do evento de Jesus que sua própria pessoa lhes pareceu totalmente sem importância, de modo que considerassem desnecessário mencionar os seus nomes! Além disso, as diferentes comunidades certamente sabiam quem era o autor por trás de um ou outro evangelho. Como ainda não havia a imprensa que possibilitasse a multiplicação de um livro em milhares de cópias, cada comunidade que talvez tivesse providenciado um cópia dos evangelhos sabia quem era o autor de cada um. Costumava-se dizer, então, talvez para distinguir: Este é o evangelho segundo Mateus, aquele é o segundo Marcos etc. Sobre a autoria não se tinha dúvidas! Nem mesmo o grande herege Marcião, que no início do século II fundou em Roma uma contra-igreja e rejeitava o AT, em momento algum atacou a autoria dos quatro evangelhos por Mateus, Marcos etc.! Designar o autor pela fórmula: “segundo…”, ou seja, “segundo Mateus, segundo Marcos etc.”, tem um paralelo também na literatura judaica (cf. 2Mac 2.13). O conhecido estudioso Norden comprova também a existência de tais paralelos na literatura helenista e patrística. O pai da igreja Irineu (por volta do ano 180) considera a diversidade nos evangelhos como algo determinado por Deus! Se, de acordo com o profeta Ezequiel, quatro querubins sustentam o carro-trono do Onipotente e, segundo o Apocalipse de João, quatro misteriosos seres viventes circundam o trono de Deus, então é muito compreensível, pensa o pai da igreja Irineu, que uma parelha de quatro evangelhos deva carregar o Senhor Jesus pelos espaços da terra! Posteriormente o pai da igreja Jerônimo criou um símbolo para cada evangelista. Mateus recebe o símbolo do homem. Marcos é retratado como leão. Lucas é visto como touro. E João recebe a insígnia de uma águia! Esse simbolismo expressa de modo profundo a quádrupla figura do Senhor! Os quatro símbolos mostram, um após o outro, o lado humano, profético, sacerdotal e divino do Salvador! Um indício poderoso da autenticidade dos quatro evangelhos é oferecido pelos numerosos evangelhos apócrifos que, em vista de sua tendência à arbitrariedade, de sua doentia busca por milagres, fazem brilhar de maneira tanto mais clara o estilo simples e sem enfeites dos evangelhos autênticos.
Uma última comprovação da autenticidade dos evangelhos, enfim, são também os testemunhos extra-bíblicos, como os de Josefo, Suetônio, Tácito e Plínio, além do Talmud e dos adversários pagãos Celso e Porfírio!
COMENTÁRIO BIBLICO ESPERANÇA

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