MENU @

mensagem

Banner 3

banner

Seguidores

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Carlo Ginzburg - O queijo e os vermes



Esta resenha foi escrita por Juan Filipi Garces

GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: O cotidiano e as idéias de um moleiro perseguido pela inquisição: São Paulo, Companhia das letras, 2006.

A resenha aqui apresentada refere-se à edição de bolso, que por conseqüência, acaba sendo de fácil manuseio e mais acessível em comparação a um livro normal por estar mais em conta em se tratando de questão financeira.
A história começa no século XVI, retratando a vida de Domenico Scandella, conhecido como Menocchio, um moleiro que foi perseguido pela inquisição por ter uma visão diferente da sua época em relação à igreja. Ele é submetido a uma série de interrogatórios, e neles, vai apresentando suas idéias, e as obras que tomou como ponto de referência. Não levava a Bíblia como idéia universal, e isso contribuiu para os inquisidores o tratarem com um certo receio. O autor mostra diversos livros e artigos no qual Menocchio lera e teria tomado como referencia para suas idéias, embora afirmasse que elas vieram de sua própria cabeça.
Houve uma preocupação entre alguns moradores da aldeia onde morava sobre seu destino. Alertaram-no para não ficar mencionando as suas idéias abertamente, mas foi corajoso o suficiente para não se reprimir perante a inquisição, usando assim, diversos argumentos para defender suas idéias, e uma das principais, foi sobre seu pensamento sobre a singularidade cosmológica, cujo foi a partir daí que Ginzburg teve a idéia do título do livro, na qual afirmava: “No inicio tudo era um caos, isto é, terra, ar, água e fogo juntos, e de todo aquele volume em movimento se formou uma massa, do mesmo modo que o queijo é feito do leite, e do qual surge os vermes, e esses foram os anjos”.
Não menos pretensioso, afirmou que conversar com uma árvore era equivalente a se confessar com um padre. Conta também, alguns relatos de padres canibais que sacrificavam pessoas e comiam suas carnes, e se tivesse bom gosto, era uma pessoa livre de pecados, caso contrário, seria uma pessoa impura e deveria ter morrido antes.

Nenhum comentário: