1. O Deus da Bíblia é teísta, e não deísta. Isso significa que Deus não apenas transcende à sua criação, mas também que ele é imanente na mesma. Deus intervém em sua criação, alterando o curso da hist6ria e de vidas individuais, recompensando ou punindo. Portanto, Deus é quem impõe a responsabilidade moral, e não o homem, pois ele é quem estabelece as regras e determina penas para os desobedientes. As experiências místicas dependem do conceito teísta de Deus. Há uma Presença que pode ser buscada, sentida e conhecida.
2. O Deus da Bíblia é um só (ver sobre o monoteísmo), embora se manifeste como uma Trindade (que vide). Isso se refere não somente à natureza de Deus, mas também ao seu impulso de comunicar-se, porquanto é no Filho, através do Espírito Santo, que Deus se comunica com o homem.
3. O Deus da Bíblia faz-se conhecer pela revelação. Judeus e cristãos creem que Deus quis revelar-se, tendo-o feito por meio de profetas e homens santos. Essas revelações têm-se concretizado nos livros sagrados do Antigo e do Novo Testamento. Esse é um dos aspectos do teísmo, O desvendamento sobrenatural de Deus e as suas exigências são universais em caráter, tendo-se tomado parte da historia da humanidade. A encarnação do Logos, em Jesus de Nazaré, é a suprema revelação de Deus, e o Novo Testamento é uma prolongada declaração das implicações dessa revelação. O Pai faz-se conhecido no Filho (João 14:7 ss, e capo 17). A revelação de Deus, no Filho, tem natureza redentora e restauradora, por serem esses os prop6sitos principais por detrás dos atos reveladores.
4. O Deus da Bíblia é o Espírito Eterno, o Criador e Preservador Infinito, bem como o Juiz de toda a criação. Ele é também o Redentor, pois aquelas outras qualidades teriam pouca significação para os homens. A Confissão de Fé de Westminster (que vide) declara: «Deus é um Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e veracidade», Essa declaração, infelizmente, deixa de lado o seu atributo de amor, que é a base de toda a sua natureza moral, bem como o impulso mesmo por detrás da revelação e da encarnação de Deus, no Filho.
5. O Deus da Bíblia é uma pessoa, em contraste com os conceitos descritos na seção 111 deste artigo, como o panteísmo (ponto sexto), o realismo agnóstico (ponto sétimo), o humanismo (ponto oitavo), o idealismo impessoal (ponto nono), o naturalismo religioso (ponto décimo primeiro), ou o permanente grande mistério do existencialismo (ponto decimo sétimo), Afirmamos que Deus é uma pessoa e um espirito. E isso é o começo dos problemas, porquanto não sabemos como definir um espirito, exceto asseverando, de maneira vaga e imprecisa, que se trata de um ente não material; e também só podemos descrever os atributos de uma pessoa fazendo analogia com as pessoas humanas; mas isso faz as descrições ficarem muito aquém da realidade toda de Deus. Não obstante, retemos esses termos por falta de melhores, ainda que as descrições assim conseguidas estejam longe de ser brilhantes.
Enciclopédia de teologia e filosofia R.N Champlin PHD. Pág 103 Agnos.
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