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sábado, 12 de dezembro de 2009

Podemos realmente confiar nos relatos bíblicos?





Nesses últimos anos a cosmologia Judaico-Cristã tem sido desafiada, tanto pela mídia quanto pelas publicações de periódicos e documentários e curtas metragens, ao adentrarmos no mundo da critica interna e externa encaramos a problemática das fontes e como foi tecido o antigo testamento? O mundo da bíblia tem sido desvendado pela arqueologia nesses últimos séculos, descoberta de grandes proporções tem confirmados alguns episódios históricos do povo hebreu e outros têm lançado duvidas quanto ao que o relato bíblico e suas informações, sua cronologia e geografia. Embora haja muitas controvérsias entre os historiadores podemos ter noção que grande parte do relato bíblico tenha sofrido influências dos escritos Mesopotâmicos, as datas dos épicos mesopotâmicos anteriores ao relato bíblico e o contato com esses relatos através das rotas comerciais do crescente fértil lança dificuldades para explicar tais relatos. O fato de existirem outros relatos dos acontecimentos Bíblicos em documentos Egípcios, Babilônicos, Assírios etc.. Apenas confirmam que eles tiveram acesso à mesma fonte de informação. O Dilúvio, por exemplo, aconteceu mais de mil anos antes de Moisés escrever o Livro de Gênesis, portanto relatado por muitos antes de Moisés, seja pela tradição oral ou atrevem de relatos escritos. O Código de Hamurabe, já possui algumas leis parecidas com os 10 Mandamentos, Estas coisas mostram que o que aconteceu, não aconteceu apenas para os Hebreus, mas foi conhecido em todo o mundo, porém relatado em versões por cada povo. É obvio a influência das outras culturas na formação étnica do povo Hebreu, O próprio Abraão conforme o relato de Genesis era oriundo de Ur dos Caldeus, cidade-estado da mesopotâmia, com sua formação cultural formada, sua religião e costumes. Sobre a antiguidade do Antigo testamento a própria arqueologia confirma através de achados materiais como pergaminhos de prata encontrados em Israel dentro de uma tumba que continha parte do Pentateuco anteriores a suposta compilação sacerdotal pós-exilio babilônico. Embora sejam bastante controversos esses dados tem nos fornecido luzes há um grande abismo cronológico que nos é impostos pela historia e cultura desses povos antigos.

Sobre a formação étnica do povo hebreu alguns historiadores sugerem que eles se formaram dentro da própria Canaã, embora o relato bíblico nos leva ao delta do Nilo.

Moises existiu mesmo ou foi apenas uma personagem mitológica?

“escavações e inscrições mostra que povo de Israel se originou dentro da Palestina. História sobre libertação do Egito teria influência de interesses políticos posteriores. A saga de Moisés, o profeta que teria arrancado seu povo da escravidão no Egito e fundado a nação de Israel, tem bases muito tênues na realidade, segundo as pesquisas arqueológicas mais recentes. É praticamente certo que, em sua maioria, os israelitas tenham se originado dentro da própria Palestina, e não fugido do Egito. O próprio Moisés tem chances de ser um personagem fictício, ou tão alterado pelas lendas que se acumularam ao redor de seu nome que hoje é quase impossível saber qual foi seu papel histórico original. É verdade que as opiniões dos pesquisadores divergem sobre os detalhes específicos do Êxodo (o livro bíblico que relata a libertação dos israelitas do Egito) que podem ter tido uma origem em acontecimentos reais. Para quase todos, no entanto, a narrativa bíblica, mesmo quando reflete fatos históricos, exagera um bocado, apresentando um cenário grandioso para ressaltar seus objetivos teológicos e políticos.” Reinaldo José Lopes

O êxodo realmente aconteceu?

Data-limite

Os pesquisadores dispõem há muitos anos do que parece ser a data-limite para o fim do Êxodo. Trata-se de uma estela (uma espécie de coluna de pedra) erigida pelo faraó Merneptah pouco antes do ano 1200 a.C. A chamada estela de Merneptah registra uma série de supostas vitórias do soberano egípcio sobre territórios vizinhos, entre eles os de Canaã. E o povo de Moisés é mencionado laconicamente: "Israel está destruído, sua semente não existe mais". Não se diz quem liderava Israel nem que regiões eram abrangidas por seu território. Trata-se da mais antiga menção aos ancestrais dos judeus fora da Bíblia.

Se a saída dos israelitas do Egito ocorreu, ela precisaria ter acontecido antes disso. A Bíblia relata que, cerca de 400 anos antes de Moisés, os ancestrais do povo de Israel, liderados pelo patriarca Jacó, deixaram seu lar na Palestina e se estabeleceram no norte do Egito, junto à parte leste da foz do rio Nilo. Os egípcios teriam permitido esse assentamento porque, na época, o mais importante funcionário do faraó era José, filho de Jacó. Décadas mais tarde, um novo faraó teria ficado insatisfeito com o crescimento populacional dos descendentes do patriarca e os transformado em escravos.

Por algum tempo, arqueólogos e historiadores acharam que haviam identificado evidências em favor dos elementos básicos dessa trama. É que, por volta do ano 1700 a.C., a região da foz do Nilo foi dominada pelos chamados hicsos, uma dinastia de soberanos originários de Canaã e de etnia semita, tal como os israelitas. (O nome "Jacó", muito comum na época, está até registrado entre nobres hicsos.)

Pouco mais de um século mais tarde, os egípcios expulsaram a dinastia estrangeira de suas terras. Isso mataria dois coelhos com uma cajadada só. Explicaria a ascensão meteórica de José na burocracia egípcia, graças à proximidade étnica com os hicsos, e também por que seus descendentes foram escravizados -- eles teriam sido associados à ocupação estrangeira no Egito.

O problema com a idéia, no entanto, é que não há nenhuma menção aos israelitas ou a José e sua família em documentos egípcios ou de outros reinos do Oriente Médio nessa época. Pior ainda, até hoje não foi encontrado nenhum sítio arqueológico no Sinai que pudesse ser associado aos 40 anos que os israelitas teriam passado no deserto depois de deixar o Egito.

Os textos egípcios também não falam em nenhum momento da fuga liderada por Moisés, se é que ela ocorreu. "Isso é um problema grave. O argumento de que os egípcios não registravam derrotas é falso: a saída de um pequeno grupo nem era um revés, e eles relatavam derrotas sim, mesmo quando diziam que tinha sido um empate", afirma Airton José da Silva.

Isso tudo são especulações que fazemos sobre certas verdades que muitos têm como absolutas embora nosso intuído não seja chegar à verdade histórica, considero impossível alcançar-la de maneira objetiva. O passado é algo inalcançável por meio lingüísticos, tudo que podemos fazer é problematizar-lo e trazer átona as situações e suposições que lhes serão atribuídas para melhor esclarecer-las.

Por ELSON CASSIANO
HISTÒRIA 2º
UERN-ASSU-RN

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