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quinta-feira, 4 de março de 2010

Aqueologia seu poder e suas interações com outras ciências humanas


A arqueologia como disciplina é muito recente, antes a víamos como uma ciência auxiliar da história, seus arcabouços teóricos e metodológicos ganharam seu espaço dentro do desenvolvimento cientifico. Funari nos diz que ela não pode ser desvinculada das demais ciências ressaltando a sua importância, pois ela traz para as outras ciências o estudo da cultura material e um fasto campo de exploração do cotidiano do ser humano que depende dessa interação da arqueologia com as outras ciências. A arqueologia tem uma relação intrinsecamente com a história, podemos dizer que a arqueologia surgiu como ramo dentro da história e se tornou independente com suas técnicas e métodos próprios, contudo essa relação tem sido primordial até mesmo pelo fato de que os estudos dos documentos escritos são um tanto limitados, e num mundo pós-moderno onde as pessoas estão cada vez mais procurando as respostas para suas indagações, a arqueologia unida com a história está dando essas respostas por meio das descobertas, ratificando os documentos oficiais e mostrando detalhes que o papel não poderia mostrar, Os dados materiais analisados pela arqueologia como foi mencionado acima tanto pode confirmar como negar as informações das fontes oficiais. Outra ciência que a arqueologia tem uma relação intima é a antropologia, ela se junta com a arqueologia esclarecendo o funcionamento das sociedades, seus ritos, tudo aquilo que se repete e se torna cultura. A biologia com o advento do evolucionismo de Darwin explicando as transformações da vida tem sido usada na arqueologia, como também com o desenvolvimento da genética, o estudo do DNA dos animais tem sido bastante aproveitado pela arqueologia fornecendo relevantes informações na produção da pesquisa do profissional em arqueologia. A geografia tanto a física quanto a humana se relaciona de maneira estreita com a arqueologia, pois desde os primórdios os homens sempre viveram em plena interação com o meio ambiente, a geografia se une a arqueologia para fornecer diversos modelos interpretativos, como os sistemas de assentamentos etc. Á historia da arte, da arquitetura, a filosofia como no caso da influência do filosofo francês Michel Foucault, que desenvolvera suas teorias na década de 1960, com seu estruturalismo, tem sido bastante utilizado dentro da arqueologia, o marxismo com suas lutas de classes, a ação humana no âmbito social de transformação etc. Essas interações com outras ciências fazem com que a arqueologia se fortaleça como ciência formando um amplo campo de atuação com tamanha abertura e dialogo com as outras ciências humanas, indispensável na formação do profissional historiador, Funari com esse belíssimo trabalho contendo os recortes didáticos dos conteúdos teóricos e metodológicos mais significativos da sua época. Por outro, pode atrair novos adeptos, ajudando a ampliar a comunidade acadêmica. Também é importante para informar o público leigo, contribuindo para disseminar o conhecimento e para reduzir os mal entendidos e as distorções corriqueiras ao senso comum. Com a publicação de Arqueologia passamos a ter no Brasil o mais completo e atualizado manual de divulgação da disciplina. Ele preenche uma lacuna importante, pois são raros os manuais em português, sem contar com as dificuldades existentes no país para a tradução/publicação ou para importar de obras similares escritas em outros idiomas. Abrindo assim os caminhos didáticos para publicações futuras e maior divulgação da disciplina tanto no meio acadêmico quando nas escolas de ensino médio, auxiliando o professor de historia na ampliação do seu campo explicativo.
Num mundo que anseia por respostas, o passado nunca foi tão importante ter acesso as suas origens, e a arqueologia vem dando acesso a essas informações, criando uma identidade nacional que depende da preservação de lugares e monumentos, invocando a memória das civilizações antigas e seus fascínios, suas realizações e proezas, todo pais quer ter essas influências conquistadoras. A humanidade não pode compreender-se, nem delinear seu futuro, sem apreciar e acolher seu passado”. O poder na arqueologia resgata o orgulho nacional, com suas glorias do passado enfocando uma melhoria das condições de vida e gerando um desenvolvimento econômico e cultural, os documentos escritos prestem a um papel fundamental na reconstrução histórica, nem todo mundo tem acesso a eles, diferente dos monumentos físicos que enfoca a grandeza de uma nação juntamente com seu passado. A arqueologia tem o poder de resgatar os vestígios materiais não só das elites, mas também das pessoas comuns, tirando o monopólio documental das elites, dando acesso ao mundo das pessoas comuns suas relações sociais, o papel das massas populares, como agentes e forjadores da história. Para Funari a arqueologia é sempre política, responde as necessidades político-ideologicas dos grupos em conflitos nas sociedades contemporâneas. Como se observa a criação de uma identidade nacional ou cultural está bastante ligado com a arqueologia. Há muito interesse político-ideologico dos grupos dominante para legitimar suas ações e formação como: Estado Nacional, gerando muitas vezes conflitos bélicos como no caso de Israel e os Palestinos, e sua expansão legitima ou não pela historia do seu povo, sendo desenterrada pela arqueologia. Com os monumentos nacionais resgatados pelo poder dominantes, gerado pelo nacionalismo e orgulho étnico, a região se valoriza culturalmente como economicamente com acesso ao turismo mundial, gerando empregos e desenvolvimento das regiões.
A arqueologia quanto disciplina está bastante ligada aos fatores político-ideologicos, essa mediação se dar através de uma mediação essencial: a arqueologia é uma disciplina cientifica e seus praticantes fazem parte de uma comunidade acadêmica institucionalizada. Então tem seu espaço de trabalho garantido, dando acesso aos sítios arqueológicos, as verbas e apoio das universidades, mostram o poder da arqueologia na esfera política-ideologica dentro das nações. Há também discórdias de fundo sócio-políticas muitas vezes geradas por disputas entre as ciências, pelo poder institucional. A arqueologia tem muito poder e é muito organizada em todos os âmbitos. 
ELSON CASSIANO
GRADUADO EM HISTÓRIA
UERN-ASSÚ

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