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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Resenha: A diáspora africana Artigo de Manolo Florentino escrito para a revista História viva

O texto de Manolo Florentino nos traz com números e detalhes o que foi a maior diáspora que o mundo já conheceu e as barbáries globais do maior comércio de seres humanos da história. Segundo Florentino, entre os séculos XVI e XIX, mais de 12,5 milhões de africanos foram escravizados e exportados para as Américas, ilhas atlânticas e Europa, aonde 10,2 chegaram vivos ao seu destino. Florentino traça a origem cronológica da escravidão africana situando-o no século XV, quando os portugueses começaram a explorar a costa africana subsaariana, adentrando África á dentro na busca da tão valiosa e escassa, mão-de-obra, esse comércio dominado a principio pelos portugueses era legitimado pela igreja católica que logo deu o monopólio português sobre a escravidão africana, que colocou em pratica nas ilhas atlânticas e conforme Florentino deu aos portugueses o predomínio quase absoluto no inicio do trafico. Sabendo do sucesso português e vendo que era uma atividade lucrativa o reino de Castela (Espanha) se apressou em garantir o comercio, atraídos pelo comercio de escravos e pelo ouro, junto com a cúpula católica em Roma, mas não obteve êxito com sua petição, contudo Portugal ficou como soberano até o século XVI, que posteriormente com novas concorrências de franceses e ingleses, nos século XVII, XVIII onde o trafico atinge seu ápice e XIX que chega ao seu declínio, Portugal perde sua hegemonia comercial do tráfico de escravos africanos. Florentino é categórico em afirmar que o comércio que pendurou 400 anos no cume da economia mundial. A conquista das Américas deu um novo rumo ao tráfico negreiro, pois como não podiam escravizar os nativos, que eram protegidos pelos Jesuítas, e com a crescente da implantação da empresa açucareira que se tornou um produto essencial nas grandes feiras Europeias, os escravos foram trazidos para suprir essa carência de força motriz para mover a economia do Brasil colônia e das forças de produção francesa e inglesa. Como mencionado acima existia uma taxa de mortalidade grande no século XVI devido a precariedade do sistema de transporte marítimo e das condições de higiene e alimentação, chegando a 30% que com o desenvolvimento naval em metade do século XVI encurtava pela velocidade o percurso do translado da África para os portos das Américas e Europa. A demanda por escravos crescia no Brasil com a descobertas do ouro na América central de domínio holandês, no século XII já haviam desembarcado nas Américas cerca de 1 milhão de africanos escravizados, no século seguinte XIII aumentou de sobremaneira para 5,6 milhões, e segundo Florentino causou conflitos pelas rotas do trafego negreiro, entre Portugueses, Franceses, ingleses e holandeses, na costa africana, contudo, levando-se em conta que a quantidade de escravos exportados atingiram a casa dos 5 milhões, em contra partida caiu a mortalidade de sobremaneira para 14% por viagem. Movimentos como a revolução francesa em 1789 e a revolução do Haiti em 1791, culminaram com o questionamento da escravidão e clamou-se por cidadania e igualdade social principalmente pela homilia dos abolicionistas ingleses, que iria provocar uma crescente pressão pelo fim do tráfico. Com o mundo eclodindo em revoluções, a escravidão perdurou até metade o século XIX. Os ativistas humanitários queriam criar um impacto na opinião pública do mundo ocidental, com o fim do tráfico e com a opressão do cativeiro, essa onda se espalhou pela Europa, e parou-se a importação de escravos no continente europeu. Sendo o Brasil o ultimo país a abolir a escravidão nas Américas, por razões econômicas e políticas.

ELSON CASSIANO SOBRINHO

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