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sábado, 1 de outubro de 2011

Usando o acervo como material didático.



Das muitas utilidades dessas fontes disponíveis no jornal tribuna do vale podemos dinamizar as aulas de historia contextualizando os acontecimentos nacionais com á noticia circulada em vias locais, como problemas políticos, sociais e estruturais enfrentados pela população. A economia num contexto nacional e local dentre outras atribuições. Cabe ao professor saber utilizar adequadamente essas fontes com todo o potencial que ela nos proporciona. Mas como vemos no decorrer do tempo raramente se ver um professor de historia ou até mesmo de outras disciplinas usarem fontes diretas em suas aulas, creio que esse é um desafio para a nossa geração de novos professores, não mais ficarmos presos e limitados aos livros didáticos. A dinamização do ensino no Brasil e no mundo exige de nós professores além do exercício da profissão docente, a pesquisa como carro chefe de uma formação adequada aos padrões do mundo contemporâneo.
Na problemática da metodologia e da teoria na aplicação do conhecimento escolar, em sua epistemologia Fernando Seffner nos diz:
[...] conhecimento escolar se constitui de quatro campos: 1) Os conhecimentos da disciplina (no caso, História), 2) Os problemas contemporâneos, 3) As concepções dos alunos, 4) O interesse dos alunos, numa articulação em que nenhum dos termos pode ser considerado "mais importante" que qualquer dos outros. (SEFFNER 2000, p.258).[1]
A diferença que deve ser debatida em sala de aula são as proposições que se originam no campo dos conhecimentos da disciplina e as que são geradas no campo de concepções dos alunos. É preciso que haja essa interatividade entre professor e aluno para que o conteúdo aplicado na sala de aula tenha seus objetivos realizados com eficácia, por isso é necessário que o debate em sala de aula englobe esses quatros campos mencionados por (Saffner). O professor tomando esse caminho proposto acima será mais bem avaliado quanto ao seu domínio teórico da profissão, para os professores que não tenham uma metodologia de estudo melhor elaborada e tentando entrar nos debates durante sua graduação ficará a mercê do tradicionalismo e dificultando o desempenho produtivo do seu trabalho. Por isso o uso das fontes disponíveis é de suma importância para esse debate se expandir e melhor entrar no cotidiano do aluno fazendo com que ele interaja nos conceitos sem ficar perdido, pois são questões do dia-dia que estarão no seu convívio e estão expressas nas paginas dos jornais.
Neste contexto parecem que as escolas esqueceram a sua responsabilidade na formação humanista de seus educandos. É o que tenta fazer as politicas públicas educacionais ao mecanizar os conhecimentos humanos, diminuindo a carga horaria da disciplina de História, causando o que Hobsbawm chama de um presente continuo.
 [...] A destruição do passado - ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas - é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínua, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca no fim desse milênio. (HOBSBAWM, 1995, p.12,13).[2]
Ao abrir mão da História e minguar seu tempo nas escolas, desvaloriza-a quanto saber necessário e transformador, e queira ou não, não dar para negar a importância do ensino de História na formação integral do homem moderno. Essa destruição do passado e a invasão da mídia com um conhecimento informativo têm adquirido muitas mentes, e lembrando que informação não é conhecimento. Nesses tempos de neoliberalismo a História tem que ser referência e para que isso aconteça ela terá que ser bem ensinada na sala de aula, e o professor tem que ter consciência de qual é o seu papel na formação do educando.


[1] GUAZZELLI, César Augusto Barcelos, etael (org.) questões de teoria e metodologia da história. Porto Alegre: ed. Universidade/UFRGS, 2000.
[2] HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.12-13.

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