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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

História: A arte de inventar o passado



Resumo
História: A arte de inventar o passado



  •   Os objetos e as marcas deixadas pelo passado não trazem em sim mesmo o seu sentido, sem antes conhecermos a historia do povo que o produziu.
  •   O passado não consiste no documento em si, nem nos vestígios deixados por ele, mas a compreensão dessa trama histórica em que Estevam envolvido, isso só é possível com um saber histórico e uma erudição previamente adquirida.
  •   Nos paradigmas anteriores havia essa busca pela verdade na historia.
  •   A problemática da Cronologia
  •   A vontade de conhecer, a vontade de verdade (modernidade)
  •   As incertezas da ciência, a relatividade dos discursos, a relatividade do saber histórico e a relatividade da própria realidade.
  •   A pós-modernidade, uma nova condição histórica.
  •   O conhecimento histórico é relativo ás condições histórica de sua produção.
  •   Não pode mais ser produzidas a partir dos mesmos paradigmas, teorias e metodologias, com as quase se produzia historia na modernidade.
1.      Quais transformações históricas levaram a pós-modernidade?
2.      O que caracteriza a condição pós-moderna?
3.      Quais mudanças paradigmáticas do saber histórico ocorreram?
4.      Quais os desdobramentos teórico-metodologicos ela requer?
O mundo Pós-modernos (1)
As transformações emergentes de um mundo pós-guerra, fez com que o compreendêssemos melhor as mudanças ideológicas, políticas e econômicas, que irá caracterizar o mundo pós-moderno. O fracasso da modernidade, a falência do humanismo e o fim do sonho iluminista. Toda filosofia do século XIX veio abaixo, essa tendência de buscar a civilização, o progresso, á liberdade, igualdade e fraternidade pregada pelo modernismo veio átona a decadência de todo esse sistema com a bomba atômica lançada contra os Japoneses na segunda guerra mundial.
Essa visão das metanarrativas que tentaram uma unificar a totalidade da experiência histórica da modernidade, dentro de um projeto de emancipação humana global, é contestada violentamente. Todas as expectativas de progresso e otimismo se foram, essa visão progressiva burguesa transformou-se radicalmente, a mitificação das maquinas e o trabalho se foi, agora só se fala em tecnologia. A informação e a comunicação vêm se tornando um dos principais meios de produção. Na sociedade pós-moderna a economia não mais é o reino das coisas, essa economia se desmaterializa. Os avanços da informática com a criação dos Chips nos transcenderam ao mundo virtual, á um mundo de escolhas rápidas, quantitativas. O próprio capital muda de qualidade ao ser cada vez mais capital constante e menos capital variáveis e, no entanto, não entra em crise como previa Marx. O capitalismo foi capaz de encontrar soluções diferenciadas para as suas crises, contrariando qualquer determinismo e previsão.
Com a guerra fria os mundos e divide em dois blocos, que após o fim do socialismo real, se fragmentaram em blocos regionais, sob vigilância internacional. A revolução que destruiria o capitalismo, como previa Marx, não veio, o proletariado foi incorporado pelo sistema e abandonou a revolução. Essa não realização das previsões históricas nos coloca na própria racionalidade da historia. Criando certo relativismo da realidade. O realismo entra em crise quando sua representação não consegue mais satisfazer as mudanças.  Com o advento da cultura de massa instaura uma nova sensibilidade aberta ao caráter relacional das identidades, o sujeito deixa de ser visto como uma totalidade fechada e fundante das ações e representações, para ser pensado como uma produção histórica. A relação entre significados e significantes se altera, não existindo mais significados fixos e universais, cada significante, podendo ter muitos significados levando á própria crise de significante.
Os homens descobrem o mundo como linguagem, e essa sensibilidade levam á erosão das categorias modernas, instaurando um novo paradigma no campo do saber, nasce uma nova cosmovisão, uma nova teoria do conhecimento em que este não é mais uma imagem do mundo, mas chave para possíveis mundos. Com isso anunciam o fim do Realismo Metafísico.  O mundo construído é um mundo de experiências que se constitui pelas experiências e não tem nenhuma pretensão à verdade, no sentido de corresponder a uma realidade ontológica. A historicidade reside nesta dependência das ações e experiências presentes e das ações e experiências passadas. Essas mudanças paradigmáticas rompem com as categorias da modernidade, cuja consciência histórica ocupou o centro na configuração de todos os saberes. Estamos céticos quanto á possibilidade de se conhecer o passado, tal como ele realmente foi. O passado é uma invenção, de que fazem parte sucessivas camadas de discursos e práticas. O passado é um abismo que não para de crescer, quanto mais queremos nos aproximar dele mais longe dele nos tornamos, percebemos que a historia não esta a serviço da memória, de sua salvação, mas está sim a serviço do esquecimento, anunciando sua morte prematura. O conhecimento histórico é perspectivista, pois ele é histórico também, e o lugar ocupado pelo historiador também se altera ao longo do tempo. Á historia como metanarrativa está em crise.
A distinção entre fato e ficção, separou o discurso historiográfico do discurso literário. O passado é uma construção, uma invenção feita durante a própria escrita, a memória, como a historia são uma escritura sem fim, nem origem, assim o conhecimento histórico torna-se a invenção de uma cultura particular, num determinado momento. A interpretação em historia é a imaginação de uma intriga, de um enredo para os fragmentos de passado que se tem na mão.    
A pós-modernidade ao romper com o cientificismo e o racionalismo moderno, instaura um novo paradigma ético-estético, o conhecimento histórico, a escrita da historia mudam de estatuto. Não podemos reivindicar para a história mais do que o seu lugar como saber especifico. Ela jamais será capaz de produzir questionamentos inquestionáveis, verdades absolutas. “enquanto a sociedade demandar por narrativas históricas, enquanto os homens precisarem de uma narrativa do passado para orientar suas experiências presentes, continuaremos sendo necessários.” (Muniz)

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