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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Reflexão sobre "A vida como espaço de formação"


Ao discorrer sobre as varias leituras de vida, percebemos que temos muitas afinidades como também muitas coisas desconexas entre nós, na verdade “sabemos muito pouco sobre nós mesmo, e quem somos?” (Augusto Cury - Análise á Inteligência de Cristo V - O Mestre do Amor) Nossas vidas como a todos os humanos foram marcadas por alegrias e tristezas, vitorias e derrotas, e o desenvolvimento da nossa vida nos deixou marcas que se seguem para toda nossa vida. O que queremos? Quais as nossas perspectivas para o amanha? Essas marcas estão implantadas na esfera de nossas vidas, a nossa infância e adolescência com a descoberta de novas sensações e experiências fizeram de nós quem somos hoje, essa formação começou dentro de nossas casas, quando crianças, nossos pais diziam o que era certo ou errado, as escolhas que nos foram apresentadas ou negadas, tudo isso influiu no nosso equilíbrio emocional, as broncas que levamos ou os poucos elogios que nos deram, nos fizeram seres confiantes ou tímidos, o bom ou mau desempenho no colégio, nos mostraram do que seriamos capazes de encarar a vida profissional futura, nossos relacionamentos sociais e amorosos imprimiram em nós a filosofia positivista de progresso, aprendemos com nossos erros e acertos, a vida é um eterno aprendizado, sempre podemos melhorar quando queremos, as barreiras estão ai para serem quebradas e novos horizontes a serem visto, somos capazes de reforma o mundo, esse axioma de complexidade nada mais é do que fruto de nossas mentes, todos os dias nós inventamos novos paradigmas, ainda não entendemos qual o valor da vida, e ficamos perdidos em nós mesmo numa busca sem fim pelo elo exterior e nunca o interior. A violência com que a vida nos apresenta não é somente fruto da natureza humana, essa mais valia como dizia Marx, as lutas de classes, burguesia e proletariado, se transformou em guerra, a lei da natureza da supremacia dos mais fortes de Darwin nós é cada vez mais evidente na sociedade em que vivemos, a violência se aprende onde não existe amor e respeito, somos esse emaranhado de teorias e nem sabemos direito nos definir. Como vemos ainda não sabemos quem somos! Estamos nos descobrindo a cada ciclo de nossa existência.


A vida não é tão simples assim como nos cinemas ou nas novelas, vivemos cada um o seu dilema diário, a vida é apenas um breve intervalo de tempo, onde as lutas são constantes, as alegrias inconstantes como dizia o poeta:O tempo não para” (Cazuza). Somos escravos do tempo e do trabalho, nosso mundo se transformou, e tem horas que nem sabemos o que queremos. Existir nunca foi tão difícil como agora. O que quero mostrar a você? Você deve está se perguntando, é simples, como o nascer do dia e complexo como os fenômenos naturais, é entendermos o que somos, e por que somos o que somos agora! Complicado não é mesmo?


Nosso passado como diz Hobsbawn fixa o padrão do nosso presente, na formação do homem moderno, “O passado Social formalizado é claramente mais rígido, uma vez que fixa o padrão para o presente.” (Eric Hosbsbawn, sobre a história) na rigidez da moral e da religião que nos foram impostas pela sociedade em que vivemos, nossa formação ideológica e intelectual é fruto da abertura social e econômica do nosso país, suas revoluções e tendências nos dão a amplitude da nossa formação. Somos pessoas livres? Ou ainda estamos procurando a liberdade na era das trevas? Como podemos definir liberdade, num mundo de injustiças e corrupção? Onde nossos pais ainda impõem o padrão de formação que eles tiveram, muitos de nós temos que se submeter a esses paradigmas do passado formador de nossos pais, e até encaramos como normal, mas esses modelos já não se enquadram na suposta liberdade, intelectual, sexual e tecnológica ao qual a sociedade moderna estampa nas capas de revistas e nas primeiras paginas de jornais, e com a velocidade estupenda da internet. Como se ver essa liberdade em muitos casos não passa de uma teoria antropológica, muito bem formulada, mas não acessível a todos, temos muitos tabus e preconceitos e isso não vai mudar radicalmente de uma hora para outra, somos o que a sociedade e a mídia declaram que somos. Nossa formação de vida sofreu as influências de nosso passado e somos hoje o que fomos ontem de uma maneira que o passado se repete de uma forma que não percebemos, alguns conseguem se expandir e deixar a rotina de se viver, como no filme Matrix, o personagem Neo, descobriu que a vida que ele vivia nada mais era do que uma realidade imposta e falsa, tudo o que ele tinha vivido era apenas uma ilusão do sistema, nada era real nem o passado nem o presente, tudo se repetia constantemente e nada mudava. Como diz Salomão: “O que foi, é o que há de ser; o que se fez isso se tornará a fazer, não há nada de novo debaixo do sol.” (Ec 1.9)


Somos o que o sistema nos impõe e nossas vidas assim como o personagem Neo de matrix nossa realidade é maquiada para pensarmos da maneira que o sistema deseja, mas podemos mudar isso quando aprendermos a encarar a realidade e nos libertamos de nossos temores e preconceitos e passarmos a enxergara vida com outros olhos, encontrando a nós mesmos, e respeitando o próximo, ao nos conscientizarmos no que estamos fazendo ou deixando de fazer para mudar a atual realidade nua e crua da vida humana. As transformações em que estamos vivendo têm um custo que se ver todos os dias na televisão, violência, drogas e degradação da natureza e do ser humano, será que podemos mudar isso? Nossa formação nós deu todos os mecanismos para lutar contra isso e fazermos um mundo melhor.[1]
ELSON CASSIANO
Historia 2º UERN-ASSU




[1] Neo, do grego novo, moderno, atual.

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