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domingo, 20 de dezembro de 2009

Repensando os relatos Bíblicos




Em textos anteriores incitei duvidas e indagações acerca da origem ou até mesmo da existência de certos personagens como Moises, José, e alguns fatos como o diluvio de proporções universais e o êxodo se teria realmente acontecido. Bem existem coisas que ainda não tem respostas, mas é sem dúvida evidente que os relatos bíblicos são precisos no que dizem o fato de haverem vários relatos antediluvianos na mesopotâmia dos povos que ali se desenvolveram, como também leis e códigos jurídicos e morais, que contem na bíblia nos leva a acreditar, baseado na diversidade cultural na veracidade da bíblia como documento histórico confiável ate certos pontos mitológicos que a contém em suas paginas, mas o que interessa é a analise histórica da bíblia como relato fidedigno. Sobre as semelhanças nos sistemas de leis dos povos mesopotâmicos, o relato da criação como também o dilúvio a cultura explica essa visão em comum dos fatos que se sucederam, se existem outras literaturas é porque o fato aconteceu, mas visão cultural de cada povo se modifica pela endoculturação e pela visão de mundo que a sociedade a impõe, era comum haverem leis que regesse o sistema déspota oriental, e essas leis com o passar do tempo eram melhoradas e ampliadas para satisfazer a demanda demográfica e dos próprios déspotas, como se ver no código de Ur-Nammu uma versão anterior ao famoso código de Hamurabi, as famosas leis do talião, que foi mais tarde aperfeiçoada pelos reis seguintes, e se encontrar na bíblia nos dez mandamentos que Deus deu a Moises, existiam uma diversidades de rotas comerciais e vários povos vivendo na mesopotâmia, sumérios, vários povos semitas e invasores e isso fazia com que os povos tivessem contatos comerciais, que muito foi aproveitado pelos Sumerianos que inventaram a escrita e fundaram as Cidades-Estados da Mesopotâmia. Haja vista essa interação entre esses povos, a escrita, a religião e o comercio se expandiu fortemente movido pelas rotas comerciais, fazendo com que os povos bebessem das mesmas águas tradicionais (Fontes históricas) como se pode observar. A supremacia de vários impérios como o Neobabilônico que se expandiu ate o oriente médio, nos transporta para dimensões e caminhos diversos traçados pelos babilônicos em suas conquistas. Os Assírios com seus exércitos e fortes reis dominados pelas por conquistas bélicas. Entramos no mundo das superpotências mundiais. Babilônicos, Assírios, Medos e Persas, Greco Macedônio, Romano. Todos esses super-impérios estão relatados nas paginas da bíblia com detalhes estupendos de suas origens e relações com os Hebreus, convém deixar claro que a bíblia e os eu mundo vem sendo escavado pela arqueologia dando-nos respostas surpreendentes de confirmação, embora doravante haja críticos que não a considere como relato, mas o passo é um texto a ser formulado e estudado padecendo de interpretações e problemáticas atribuídas aos seus objetos. Nos artigos anteriores falei sobre os Hicsos sobre á historia de José e sobre a estadia do povo Hebreu no Delta do Nilo, a presença desse povo que provavelmente possa ser Semita, no Egito é carece de muitas provas materiais, mas existem relatos um tanto precários sobre a presença desse povo no Egito, O termo grego Hicsos deriva do egípcio Hik-khoswet, e significa “governante de países estrangeiros” Flávio Josefo, historiador judeu do Século I d.C., preferiu verter por "pastores cativos", em vez de "reis pastores". O único relato pormenorizado sobre os Hicsos em qualquer antigo escritor é uma passagem não fidedigna duma obra perdida de Maneton (sacerdote egípcio e historiador do Século III a.C.), citada por Flávio Josefo em sua réplica a Apião. É interessante que Josefo, afirmando citar Máneto palavra por palavra, apresenta o relato de Máneto como associando os Hicsos diretamente com os israelitas, talvez pelo fato de que ambos os grupos eram invasores estrangeiros e hostis; porém um grupo era sul-semitóide e o outro não.
O "Período dos Hicsos" ainda obscuro da história do EGITO é entendido muito imperfeitamente. É consensual que os Hicsos foram uma vaga de povos asiáticos do corredor sírio-palestino e dos desertos limítrofes que ocupou gradualmente o Delta do Nilo, em busca de alimentos. O período consistiu essencialmente na mudança de governantes e na forma de administração. Provavelmente a interface comercial era de semitas e a interface tecno-militar, de indoeuropeus migrantes do vale do Indo; os hicsos na origem eram mais uma aliança de povos e um evento cultural e tecnológico, mais do que invasores militares propriamente ditos. Em copta, Hakasu: estrangeiros, pastores, nómades. A morte do Faraó Sebekneferu (aprox. 1780 a.C.) e a tomada de poder por Amósis I (aprox. 1570 a.C.) podem ser determinadas com uma certa segurança. Tendo a data da morte de Sebekneferu ocorrido aproximadamente em 1780 a.C., e tendo Amósis tornado Faraó por volta de 1570 a.C., o Segundo Periodo Intermédio teve uma duração não superior a cerca de 220 anos.
Embora haja discussões acerca do domínio dos Hicsos, que geralmente vem associada à entrada de José no Egito, não se nega a existência desse acontecimento, então se conclui que realmente José esteve no Egito daí se observa a formação étnica do povo Hebreu, os historiadores modernos estão procurando mais evidencias materiais desse episodio da historia Egípcia, pois sendo um povo estrangeiro a dominar o Egito por tanto tempo, doravante os faraós de etnia Egípcia tenha apagado a ignomia nacional. Indaguei acerca da existência de Moises como personagem histórico, se tais fatos acima aconteceram como parece que sim, pelo menos não há quem prove o contrario, embora a história não tenha esse papel de ser a dona da verdade, ela tem o dever de denunciar e defender a veracidade dos fatos, a existência de Moises parece ser mais do que um interesse político de se ter um herói nacional, se Moises não existisse toda á historia da nação Israelita estaria baseado numa mitologia sacerdotal, e o mundo ocidental careceria de respostas para suas formações políticas, intelectuais e religiosas.
Não podemos negar a existência de fatos importantes na historia mundial que estão relatados nas paginas da bíblia, mas temos que ter cuidado ao interpretarmos esses fatos como verdade absoluta tem que observar os fatores culturais, históricos e políticos das nações envolvidas nesses enlaces históricos, senão correremos o risco de nos tornarmos arbitrários como fazem grande parte de cristãos pentecostais sem nenhuma instrução histórico-cultural da problemática. Doravante existe uma lacuna enorme entre o mundo dos povos antigos e nosso mundo moderno, acredito eu que é intransponível tal barreira temporal, tudo que podemos saber sobre esses povos são migalhas materiais proveniente das escavações arqueológicas, esse passo glorioso ficou pra trás e tudo que podemos fazer é apenas juntar seus cacos e tentar formar um texto e problematizá-lo dentro dos limites das palavras e dos conceitos que a nossa própria cultura nos condiciona. Tudo que podemos saber acerca desses povos ainda nos é transitório devido à freqüência de descobertas. Ficamos parados e atônitos quando não podemos dar as restas que as pessoas esperam, mas confiemo-no não em supostas verdades absolutas, mas sim na veracidade dos fatos comprovados.

Elson Cassiano
História
2º UERN-ASSÚ-RN

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