Capitulo 1 Da defesa da escravidão á sua critica.
Justificativas apresentadas:
. Legitimação religiosa se atribuía a vontade de Deus que uns nascessem ricos e outros pobres, uns senhores e outros escravos etc... (ordem social sem mobilidade do antigo regime medieval).
. Tirava os negros da ignorância e levados para a civilização.
. Quando convertidos ao catolicismo se libertavam do pecado e se abria as portas da salvação.
. Essas justificativas tinha apoio tanto da Igreja católica quanto do Estado, justificando o cativeiro em todos os estágios sem culpa alguma.
. No período colonial poucos eram os que questionavam o regime escravocrata no Brasil e quem questionasse era expulso da colônia.
. Ficando apenas os cativos a questionarem a legitimação de seu cativeiro.
Liberalismo e Escravidão:
. As doutrinas que justificavam a escravidão foram abaladas no decorrer do século XVIII.
. O surgimento de uma nova classe a burguesia que lutava para desarticular o antigo regime, com novos conceitos se entrelaçaram no mundo vindo aos poucos mudando sua visão.
. Mudanças econômicas com o surgimento do capitalismo comercial em substituição ao feudalismo.
. Mudanças politicas e filosóficas na Europa com a revolução francesa e seus ideais da supremacia das leis naturais do homem, direito de propriedade, liberdade e igualdade perante todos e a lei.
. Surge a partir daqui as origens do pensamento abolicionista no século XVIII.
. Antes disso a escravidão não era questionada.
. Mudanças na legitimação da escravidão que passa da vontade divina para a humana.
. Passou-se a criticar a escravidão em nome da moral, religião, racionalidade e economia.
. O trabalho escravo com as criticas era visto como menos produtivo do que o livre, e a escravidão uma instituição corruptora da moral e dos costumes.
. As ideias da revolução burguesa foram bem recebidas no Brasil, mas havia contradições em conciliar a sujeição do escravo com a igualdade jurídica?
. Escravos e senhores logo cedo deram conta do dilema da revolução burguesa.
. Os inconfidentes ficaram receosos em promover a abolição, pois dependiam do sistema escravocrata economicamente.
. Esse receio dos abolicionistas se concretizou com a conjunção baiana em 1798.
. Indiretamente a revolução burguesa e a própria repreensão confirmava mais as ideias abolicionistas.
. A sociedade brasileira era divida em grupos e com conceitos contraditórios.
. Em 1824 na época da independência os escravos nutriram esperanças de sua libertação, mas não aconteceu.
. A constituição de 1824 ignorou os escravos fechando os olhos para a escravidão.
. Havia impasses em se manter a escravidão numa sociedade que adotou os ideais liberais.
. A sociedade pós-independência era muito dependente do trabalho escravo.
. Ignoravam os argumentos morais, religiosos e econômicos.
O discurso ilustrado:
. Quem defendia a escravidão não eram tipicamente das elites.
. Havia divergências em sua própria classe.
. Uniam-se até mesmo não concordando com o regime escravocrata com os defensores do regime com medo de uma revolta de escravos como ocorreu no Haiti e Barbados.
. Defendiam o trabalho livre que seria mais benéfico para a indústria.
. Começa a campanha para interromper o trafico negreiro.
. José Bonifácio considerava a escravidão uma instituição nefasta, corruptora da moral e dos costumes e inibidora do progresso, apesar do discurso de alguns liberais, se barrava nas classes dominantes das quais os defensores do abolicionismo não tinha influencia.
. José Bonifácio queria a suspenção do trafico, mas não a abolição de imediato da escravidão.
. Tinha cautela e não propunha a abolição rápida.
O discurso escravista:
. Havia debates constantes entre o liberalismo e o conservadorismo sobre a produtividade do trabalho escravo.
. Os velhos argumentos colônias voltam para continuar justificando a escravidão no Brasil independente.
. Os escravocratas derrubam José Bonifácio do poder.
Discurso radical:
. Vozes em minoria contra a escravidão.
. Apoio das massas na luta contra a escravidão.
. Começa a circulação de pasquins contendo propaganda abolicionista.
. Os editores desses pasquins eram em sua maioria intelectuais desempregados.
. Eram perseguidos pela policia pelas publicações e chegou até a serem presos e condenados à morte como foi o caso do Frei Caneca.
. Os pasquins eram o meio de comunicação mais eficaz para a circulação do pensamento jacobino.
. Esses homens eram de origens modestas, começaram criticando o governo e abraçando a causa abolicionista.
. Alistavam sob as bandeiras da oposição liberal radical e colocavam sua pena á disposição de todos os descontentes.
. Os agentes do pensamento jacobino eram artesões, pequenos comerciantes, soldados e outros grupos da pequena burguesia.
. Ao começo do século XIX o movimento abolicionista ainda não chegava a ser organizado.
. As revoltas do período regencial assustaram as elites, que para se defenderem adotaram um conservadorismo extremo.
. Na segunda metade do século XIX houve uma calmaria econômica com uma elite prospera e um governo conciliador estável.
. Ainda dependente do trabalho escravo.
ELSON CASSIANO SOBRINHO
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