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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Virtude versus Fortuna em Maquiavel



A fortuna antes do advento do cristianismo era idealizada como uma deusa boa aliada ao potencial cujo amor era importante atrair. Essa deusa possuía tudo que os homens desejam a honra, a riqueza, a gloria, o poder. A fortuna não era vista como algo maligno como foi posteriormente na idade média, perdeu seu significado, esses bens visto no período clássico, ficou reduzido ou desapareceu, pois que, não mais se realiza no campo material e sim no metafisico, o destino é uma força da providencia divina e o homem é apenas vitima impotente da roda do destino divino. Deus agora decidiria quem iria possuir a fortuna.
“a relação entre "virtude" (liberdade) e "sorte": a "virtude" e em geral, para Maquiavel, "habilidade natural", e a "virtude” politica do príncipe é um complexo de força, astucia e capacidade de dominar a situação: esta virtude sabe contrapor-se á sorte, mesmo que, no melhor dos casos, pela metade as coisas humanas dependem quase sempre da sorte.”. (Reale, Giovanni 2004 Pág 93).[1]
Maquiavel monta esse cenário onde a liberdade do homem é capaz de anestesiar o poder da fortuna. Ele propõe uma espécie de aliança entre a fortuna e a virtude. Entende-se por virtude no pensamento Maquiavélico, como habilidade entendida naturalmente.
 “Os dotes do príncipe, que emergem muito bem desse quadro, são chamados por Maquiavel de "virtudes". Obviamente, a "virtude" politica de Maquiavel nada tem a ver com a "virtude" em sentido cristão.” (Reale, Giovanni 2004 Pág 94).[2]
O pode, a honra e a gloria são típicas tentações mundanas e são perseguidos e valorizados pelos homens e o homem de virtude pode alcança-lo e por eles guerreiam.
E dessa luta se origina o poder, pois nasce da própria natureza humana e encontra seu fundamento na força. No uso da força com sabedoria, o que ele chama de força virtuosa.
Mas Maquiavel o leva as extremas consequências, entendendo a "virtude" como força, vontade, habilidade, astucia, capacidade de dominar a situação. Entre virtude e fortuna (sorte) embora muitos considerem o destino como a razão dos acontecimentos e             queria seria inútil lutar contra essa lei, deixando-se guiar por ele. A solução maquiavélica para isso foi que metade das coisas humanas depende da sorte e a outra da metade da virtude e da liberdade. Para governar o príncipe tem que ter a virtude para assim se manter no poder equilibradamente. É primordial para o príncipe possuir a virtude disse Maquiavel: “Um governante virtuoso procurará criar instituições que facilitem o domínio” e sem a virtude não se pode criar esse ambiente de segurança e tranquilidade no governo. A força para ele é o fundamento do poder, mas a posse da virtude é a chave do sucesso do príncipe. O homem virtuoso tem que atrair para si os favores da fortuna, a fama, a honra e a gloria para si mesmo e a segurança para seus governados. Então as qualidades do príncipe tem que ser bondade, honestidade, liberal, cumpridor de suas promessas.
“O novo conceito de “virtude” do príncipe, que deve governar eficazmente o Estado e deve saber resistir a “sorte”;” (Reale, Giovanni 2004 Pág 94)[3]
 O príncipe tem ter a virtude, qualidade de saber agir conforme as circunstancias. O ideal para um príncipe seria o de ser ao mesmo tempo amado e temido. Mas essas duas coisas são muito difíceis de serem conciliadas e, assim, o príncipe deve fazer a escolha mais funcional para o governo eficaz do Estado. O príncipe tem que agir na politica como homem e como animal, usando a força quando preciso e a racionalidade para manter seu poder e a manutenção do Estado e será aplaudido e honrado por todos.
Por Elson Cassiano
Graduando Historia UERN


[1] Reale, Giovanni. Historia da filosofia: do humanismo a Descartes, v. 3 [tradução Ivo Storniolo]-. São Paulo: Paulus, 2004.
[2] Reale, Giovanni. Historia da filosofia: do humanismo a Descartes, v. 3 [tradução Ivo Storniolo]-. São Paulo: Paulus, 2004.

[3] Reale, Giovanni. Historia da filosofia: do humanismo a Descartes, v. 3 [tradução Ivo Storniolo]-. São Paulo: Paulus, 2004.

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