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sexta-feira, 16 de março de 2012

O grande massacre de gatos na Rua Saint-Severin


Os trabalhadores se revolta
Robert Darnton
 Darnton em sua análise cultural da revolução Francesa começa sua narrativa usando o episodio do grande massacre de gatos ocorridos na Rua Saint- Severin, conta a narrativa de um operário que descreve a dura vida de trabalho na França revolucionaria. Os gatos eram mais valorizados do que os operários que brigavam pelo resto da comida do patrão burguês. As más condições de trabalho na fabrica e nos dormitórios. Os patrões burgueses tinham vários gatos e os gatos infernizavam os rapazes aprendizes pulando em seus telharmos não os deixando descansar e fazendo de seus dias de trabalhos chegassem à exaustão. A relação entre patrão e empregados é bem descrita por Darnton, como não participativa em seu trabalho e nem em sua mesa e ainda assim exigia produtividade com temperamento violento. Nesse ponto comediante Darnton conta a trama dos rapazes aprendizes cansado de não serem ouvidos pelos importunos dos gatos do patrão, resolveram se vingarem do patrão e um com habilidade de imitar gatos subiu no telhado do patrão e começou a uivar e miar próximo do quarto de dormir do patrão, eram tão assombrosos os uivos e miados que o patrão e sua esposa não conseguiram dormir, pensando estarem enfeitiçados, mandaram os rapazes darem fim aos gatos. O grande massacre começou com os rapazes ajudados pelos assalariados armados com barras de ferros das impressoras em que trabalhavam. As ações dos empregados mostraram a força da classe. O patrão apareceu vendo a cena se enfureceu não pelo massacre dos gatos, mas porque a gráfica estava parada e trataram a paralização como um ato de insubordinação, se retirando deixando-os no êxtase de alegria. É muito interessante como Darnton trata os pormenores da vida fabril dos operários, que riqueza de detalhes cotidianos. A análise de Darnton sobre esses atos de humor e ao mesmo tempo de crueldade por matar os animais indefesos, ele nos diz que a nossa capacidade de captarmos a piada é um indicio da distancia que nos separa do operário da Europa pré-industrial. Compreender a piada do grande massacre de gatos diz Darnton, pode possibilitar o entendimento de um ingrediente fundamental da cultura artesanal, nos tempos do antigo regime.
A primeira interpretação diz Darnton é compreendermos o massacre dos gatos como um ataque direto ao patrão e sua esposa, pois, se situa o massacre no cerne da vida em más condições dos operários em contraste com a vida boa dos patrões burgueses. Podemos ver que os gatos intervinham em questões elementares na vida dos operários, no trabalho, na comida e no sono. Parecia haver injustiça em relação ao tratamento dos aprendizes que eram tratados como animais e os animais eram tratados com regalias, ocupam os lugares dos rapazes na mesa do patrão.
No decorrer do texto podemos ate interpretarmos os rapazes aprendizes como maiores vitimas dos patrões burgueses, contudo temos que observar no texto a disseminação do ódio dos operários pelos patrões. O que Darnton conseguiu captar após o massacre dos gatos foi à união dos operários contra os patrões, basta falar mal deles os mestres, para serem estimados por toda a assembleia de tipógrafos.
Os empregados assalariados que se juntaram aos aprendizes também se sentiam ameaçados de baixo, porque os mestres tendiam, cada vez mais a contratar tipógrafos sem qualificações, que não haviam passado pelo aprendizado, em principio, alcançar a condição de mestre. Eles eram uma fonte de trabalho barata excluídos dos escalões superiores da profissão. A tendência de personificar o trabalho para se tornar uma mercadoria, em vez de uma parceria. Contat fez seu aprendizado num tempo difícil e ele relata as suas dificuldades. Os empregados eram contratados e somente ficava por alguns meses no emprego, com problemas de relacionamento, queriam ganhar a fortuna em oficinas mais distantes outros não queriam trabalhar. Quando terminavam os trabalhos eram demitidos sem nenhuma direito. Darnton mostra a  instabilidade a qual os artesãos estavam submetidos, visto que durante a segunda metade do século XVII, as gráficas, com a ajuda do governo, extinguiram a maioria das oficinas de pequeno porte e com isso uma oligarquia de mestres assumiu o controle da indústria, impedindo antigos aprendizes de subirem ao cargo de mestre. Esses homens, os mestres, estavam cada vez mais dispostos a contratar um tipo de empregado que colocaria em xeque o trabalho dos assalariados, os alloués, que eram homens sem qualificação alguma usados apenas para cumprir serviço. Com essa nova característica das gráficas vários conflitos vão aparecer pelo medo da substituição por outro empregado, principalmente conflitos entre empregados e patrões, o massacre de gatos é um exemplo disso. E não apenas conflitos desta natureza, mas principalmente o conflito de culturas, a dos burgueses e a dos operários.
 Darnton tenta entender a graça por trás do massacre, e chega à conclusão de que os operários veem a graça no fato de que esse é um momento de virada de jogo, onde eles é que humilhavam seus patrões, e o melhor, sem sofrer consequências, visto que estes não entenderam os significados por trás do episódio.
Por Elson Cassiano 

Um comentário:

Anônimo disse...

Você precisa, com urgência, voltar ao ensino fundamental e aprender a redigir os seus textos de forma melhor! Muitos erros de concordância e gramaticais. Lamentável.